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A Messy Journey

A Messy Journey

13.Mar.18

Os escravos do tempo

 

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O tempo voa e nem nos apercebemos, não é? Dou por mim a reparar que em há meses atrás era muito nova para certas coisas, e hoje ouço dizer que já devia estar a pensar nisso.

 

Lembro-me de ficar noiva e pensar 'Ui até ao casamento ainda é ano e meio, temos tempo para planear.' e de repente já estava a entrar na igreja para me casar. Agora olho para o calendário e credo como o tempo passa, daqui a pouco e já fazemos 1 ano de casados.

 

Por vezes dou por mim a achar que não tenho tempo nenhum para mim, quanto mais ter tempo de pensar em ter hobbies, ou pensar em aumentar a família. Já é uma sorte termos uma gata, e por isso não temos de a levar à rua o que poupa algum tempo.

 

Porque pensem bem, acordo por volta das 6h30 para me despachar e ir para o ginásio. Faço ginásio das 7h às 8h, às 8h e pouco saiu, como não há tempo para voltar a casa, tomo banho no ginásio. Agarro no carro até ao comboio, e tenho de apanhar sem falta o das 8h45. Rumo a Lisboa, apanho metro (já vos disse que odeio usar o metro?) e às 9h35 estou no escritório. Levo marmita para poupar e nem perder tempo no almoço. Às 18h25/30 saiu a correr para ver se apanho com sorte o comboio das 18h45, e se o perder o próximo só é às 19h15. Nisto só chego às 20h e pouco a casa. Se já tiver jantar do dia anterior beleza, senão ainda terei de fazer jantar, jantar e preparar as refeições do dia seguinte. Finalmente paramos no sofá, onde acabo por adormecer... E lá vamos nós para um repeat!

 

Pergunto-me onde há tempo para mais qualquer coisa? Por vezes penso, quando chegar o tempo em que tenhamos um bebe, onde teremos tempo para essa criança?

 

A minha infância foi passada, entre stocks de loja, e casa de uma vizinha que ajudava os meus pais, e sempre que podia ficava comigo depois da escolinha. Mas hoje em dia já não há tanto isso. A minha geração está tão focada no trabalho, e em evoluir profissionalmente, que vejo pessoas que quando param a pensar no seu percurso pessoal (fora trabalho) notam um vazio. Uns porque gostavam de ter podia viajar e conhecer mais do mundo; outros porque gostavam de ter filhos mais cedo; ou por outra razão qualquer. 

 

Acabamos por ser mesmo escravos do tempo que não temos. 

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